Gênero: Metal Industrial
SOBRE O ÁLBUM:
Regimes políticos se erguem e caem. As estrelas brilham e desaparecem. Tendências vêm e vão. Mas o MINISTRY continua vivo. A multiplatinada banda, seis vezes indicada ao prêmio GRAMMY®, fundada e liderada por Al Jourgensen, penetrou nos cantos mais sombrios da cultura popular e infectou o mainstream por mais de quatro décadas, vomitando alegremente bile sônica entre as rachaduras da fachada do sistema. Nascidos nos anos 1980, eles sobreviveram aos anos 1990, resistiram à virada do século e até mesmo sobreviveram a uma maldita pandemia. No entanto, o MINISTRY não mostra sinais de parar ou diminuir o ritmo - nem mesmo por um pequeno instante. Em vez disso, a banda ? composta pelo "Tio Al", John Bechdel (teclados), Monte Pittman (guitarra), Cesar Soto (guitarra), Roy Mayorga (bateria) e Paul D’Amour (baixo) - lança mais uma explosão de metal industrial antológico em seu 16º álbum de estúdio intitulado "HOPIUMFORTHEMASSES". As guitarras rasgam, a bateria ressoa e Al está tão rabugento como sempre em relação a um mundo fodido que precisa de um pontapé no traseiro.
Como sempre, ele está apenas olhando em volta para o mesmo lixão que nós estamos, mas a diferença é que ele tem um microfone na mão.
"Assim como você ou qualquer outra pessoa, sou simplesmente um passageiro nesta vida", observa ele. "Estou observando as mudanças sociais, políticas e econômicas, e comento sobre elas porque tenho o direito da Primeira Emenda. Muitas pessoas dizem que artistas e atletas devem se calar e apenas jogar bola. Não, eu também estou nessa viagem. Se eu vejo alguma coisa, digo algo. Isso se reflete na direção que toma cada álbum. Em vez de ficar sedentário e cantar sobre relacionamentos rompidos, turbulência interior ou o que quer que esteja prejudicando a nossa semana, eu falo sobre o que está acontecendo a partir da perspectiva de um companheiro de viagem".
Dizer que foi uma jornada e tanto para o MINISTRY pode ser o eufemismo do século...
A história do MINISTRY abrange clássicos revolucionários, incluindo os destaques certificados com disco de ouro "The Land Of Rape And Honey" (1988) e "The Mind Is A Terrible Thing To Taste" (1989), bem como o certificado com disco de platina "Psalm 69" (1992) que foi incluído na cobiçada lista dos "100 maiores álbuns de metal de todos os tempos" da revista Rolling Stone. A música deles fez parte de filmes e séries de televisão de grande sucesso como RoboCop, Matrix, A.I. de Steven Spielberg (no qual os músicos apareceram na tela a pedido do falecido Stanley Kubrick) e até Atomic Blonde (com um cover do compositor Tyler Bates e Marilyn Manson). Eles até criaram uma música-tema oficial para o time de hóquei sobre gelo Chicago Blackhawks.
Eles também receberam seis indicações ao GRAMMY® na categoria de "Melhor Performance de Metal". E não podemos esquecer todas as colaborações já feitas, desde o escritor americano William S. Burroughs até Jello Biafra do Dead Kennedys e Gibby Haynes do Butthole Surfers. Seu circo itinerante (o verdadeiro grande espetáculo da Terra) recebeu grandes artistas como Joey Jordison do Slipknot, Nivek Ogre do Skinny Puppy, Burton C. Bell do Fear Factory, e dezenas de outros que também fizeram parte dessa sua trupe insana. Eles são uma rara força da natureza, dividindo os holofotes com bandas como Nine Inch Nails, Death Grips, Slayer e Gary Numan. O álbum "Moral Hygiene" de 2021 deu início a uma outra era. O disco foi aclamado pela crítica e incluído nas listas de fim de ano de revistas eletrônicas como Consequence of Sound e Loudwire e a sua turnê de divulgação esgotou todos os ingressos.
Mas eles continuaram, indo direto com a força de um trem de carga descontrolado para o que se tornaria "HOPIUMFORTHEMASSES". Conduzido por Al, esse trem foi impulsionado pela força do coletivo - uma novidade para o MINISTRY após duas décadas e um retorno aos álbuns seminais.
"Acho que este é o disco do MINISTRY que mais soa como MINISTRY que eu já fiz, porque foi gravado por uma banda real com a qual eu sempre estive na estrada", afirma Al. "Esta é a primeira vez em 20 e poucos anos que não fomos apenas eu e um engenheiro. O ’Filth Pig’ e o ’Psalm 69’ eram, em grande parte, ’projetos de banda’. Portanto, isso remete aos nossos primórdios, quando éramos um grupo que funcionava da mesma forma na turnê e no estúdio. Nós realmente conhecíamos as tendências uns dos outros".
O MINISTRY nos apresentou "HOPIUMFORTHEMASSES" com o single ’Goddamn White Trash’, onde os sintetizadores pulsam sob um sample robótico pontuado por um apelo: "Precisamos de sua ajuda". Um riff sombrio serpenteia em torno de uma percussão propulsiva, abrindo caminho para um gancho hipnótico e o gemido de um solo repleto de efeito wahwah.
Depois temos ’Just Stop Oil’ com fraseados staccatos que sublinham os venenosos versos enquanto Al pondera: "Quem é o motorista do desastre que se aproxima?" No verdadeiro estilo MINISTRY, a distorção se transforma em uma inesperada guitarra de surf.
’Big Dick Energy’ se baseia em um coro forte e em um groove de guitarra arrastado, enquanto Al lamenta: "Um homenzinho tóxico com um plano tóxico".
Em outro lugar, riffs caóticos dão o tom para a cataclísmica e cativante ’New Religion’. Enquanto as guitarras se chocam, Al repete um lamento como uma oração: "Isso simplesmente não está certo".
"Nossa nova religião são as mídias sociais", ele suspira. "Quantas curtidas você consegue não é muito diferente de ir a uma igreja católica e contar quantas bênçãos você recebe. Eu testemunhei isso pessoalmente com amigos, bem, ex amigos agora. É a religião deles que deve ser verificada por algoritmos. Pessoalmente, não acho que tenha nada acima de um iPhone 5. Sou um OG. Normalizamos as redes sociais, mas isso não é normal. Já vi vidas serem arruinadas pela era da desinformação. Esse é um tema recorrente".
No final das contas, o MINISTRY ainda tem muito gás para gastar e Al vai enfrentar conosco a tempestade de merda por vir por mais algum tempo.
"Obviamente, espero que você saia dizendo: ’Caramba, esses velhos ainda sabem fazer rock’", ele ri. "Tento manter todo mundo na expectativa. É um disco bastante divertido. Nós evoluímos de forma orgânica e natural. Eu não sou de dizer isso, mas estou muito feliz com este álbum", ele diz sorrindo.
TRACK LIST
1. B.D.E.
2. Goddamn White Trash
3. Just Stop Oil
4. Aryan Embarrassment
5. TV Song 1/6 Edition
6. New Religion
7. It?s Not Pretty
8. Cult of Suffering
9. Ricky?s Hand
FORMAÇÃO
Al Jourgensen » Vocal
John Bechdel » Teclados
Monte Pittman » Guitarra
Cesar Soto » Guitarra
Paul D?Amour » Baixo
Roy Mayorga » Bateria