Gênero: Death Metal
SOBRE O ÁLBUM:
A música que abre o novo álbum de DECAPITATED, intitulado “Anticult” tem uma voz assustadora. O motivo da guitarra limpa parece ser algo perigoso, como um aviso em um idioma desconhecido que o nosso mundo, em breve, já não será o mesmo. Com certeza, ‘Impulse’ é o presságio da mudança. O assalto incessante de riffs, bateria, baixo e vocais é diferente de qualquer coisa feita antes. Mas ‘Impulse’ (e com certeza o álbum inteiro) é mais do que apenas a soma das partes. Entre a saraivada de riffs do guitarrista Vogg e os berros brutais do vocalista Rasta, existe algo mais. E não apenas essa inclinação da banda pela tensão senão também pela sobreposição de temas. Essa é uma marca registrada que os acompanha desde o inspirado e clássico álbum “Winds of Creation” de 2000. “Anticult” foi projetado assim, com uma atitude quase maléfica, desde o início.
“Um dos nossos objetivos, na composição, era não pensar demais”, revela Vogg. “Falamos para nós mesmos: ‘Ei, é só música, então não vamos fazer um processo de composição torturante’. Se um riff soa bem, então o deixamos. Além disso, muitos solos foram feitos nas primeiras tomadas, as primeiras ideias as tive quando estava improvisando no laptop. Não tivemos medo de deixar no álbum as primeiras gravações. É dizer Anticult soa como Decapitated desde a primeira até a última faixa e, para mim, isso é muito legal. Significa que temos nosso próprio som e nosso próprio estilo”.
Desde que formaram a banda em 1996, Vogg e companhia sempre olharam sua música de forma pragmática. E em “Anticult” não é diferente: o álbum está focado na compacidade. “Outro objetivo era fazer um álbum mais curto”, diz o guitarrista. “Nós não queríamos perder tempo. As músicas estão mais comprimidas. Os fãs não precisam esperar muito tempo para ouvir o próximo riff. Por isso ele é bom para ouvir. E é por isso que os arranjos em Anticult são melhores que da última vez. O mais difícil, na minha opinião, era manter um bom ritmo. Antes, as faixas eram muito rápidas e perdiam groove. Agora, é diferente. Temos muitas partes lentas que possuem o groove perfeito”.
Faixas como ‘Impulse’, ‘One Eye Nation’ e ‘Never’ com certeza agradarão aos fãs de todos os gêneros porque nesta fase de DECAPITATED com quase duas décadas de vida, Vogg não foge de novos horizontais musicais. “Ele não é mais death metal puro”, ele admite. “No momento, a música de Decapitated é uma mistura de ideias musicais, realmente difícil de descrever. Nós misturamos death, thrash, rock ‘n’ roll, até mesmo black metal e partes atmosféricas. Tudo isso torna o Decapitated algo único. Eu amo ouvir todos os tipos de metal e todos os tipos de música em geral. Agora será muito difícil para mim, fazer um álbum de death metal puro. E também acho que seria um pouco chato”.
Se “Anticult” soa incrível é porque DECAPITATED teve muito cuidado ao longo do processo. A bateria foi gravada, sem triggers, durante oito dias no Custom34 Studios na cidade polaca de Gdansk. A guitarra, o baixo e os vocais foram gravados durante cinco semanas no ZED Studios. Já a mixagem e masterização foram feitas em um período de duas semanas no Dugout Studios na Suécia com Daniel Bergstrand (Meshuggah, In Flames) e Lawrence Mackrory (Firespawn, Nightrage), respectivamente.
Temática e liricamente, “Anticult” aborda o assunto de quem e o que nós, como seres humanos, somos. Concebido e escrito por Rasta, é o existencialismo no seu melhor. ‘Deathvaluation’, ‘Kill the Cult’ e ‘Anger Line’ lidam com as qualidades destrutivas da humanidade. As letras tratam, como diz Rasta, sobre “a ampulheta da vida”.
O título “Anticult” postula um mundo onde tudo tem influência em nossas vidas. As forças da sociedade moderna têm um impacto em tudo o que vemos e fazemos. A ideia por trás disso é atacar a chamada “máquina” para ser um indivíduo com código próprio. Em resumo, “Anticult” questiona se somos meramente o produto do nosso ambiente.
“Você pode encontrar ‘cultos’ em todos os lugares e em tudo o que fazemos”, explica Vogg. “Anticult, de um ponto de vista, é a raiva contra todos esses valores. Algo que nos faz pensar: Em que tipo de mundo vivemos? Quem ou o que puxa as cordas? Qual é o nosso papel aqui? Então, pense no título como encontrar seu próprio ‘culto’. Ou seja, Anticult é, de outro ponto de vista sobre iluminação. Ou Noesis.”
“Nós pusemos muito tempo e energia para fazer o som deste álbum como ele é”, fala Vogg. “Eu espero que as pessoas também adorem. Tenho certeza de que este álbum não decepcionará nem aos antigos nem aos novos fãs de Decapitated. Há algo para cada um deles”.
TRACK LIST
1. Impulse
2. Death Valuation
3. Kill The Cult
4. One-Eyed Nation
5. Anger Line
6. Earth Scar
7. Never
8. Amen
Visita à banda em: www.decapitatedband.net ou www.facebook.com/decapitated